domingo, 24 de maio de 2009

D. Carlos l




Carlos Fernando Luís Maria Victor Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis José Simão De Bragança Sabóia Bourbon e Saxe-Coburgo-Gota nasceu a 28 de Setembro de 1863 no Palácio da Ajuda em Lisboa, filho do rei Luís l e da princesa Maria pia de Sabóia. D. Carlos teve uma educação digna de um príncipe herdeiro da coroa, com todos os privilégios, viria a subir ao trono a 19 de Outubro de 1889 pela morte de seu pai, embora só ter sido aclamado oficialmente a 28 de Dezembro de 1889, sendo cognominado “O Diplomata” devido às múltiplas visitas que fez pelas capitais da Europa. D. Carlos foi um homem considerado pelos contemporâneos como bastante inteligente mas dado a extravagâncias, o seu reinado foi caracterizado por constantes crises políticas e consequente insatisfação popular.



O Regicídio




Como habitualmente fazia no inicio de cada ano, D. Carlos partiu com toda a família para Vila Viçosa, a morada ancestral dos Bragança e o seu palácio preferido, ai reunia os seus amigos íntimos (raramente levava convidados oficiais para a vila alentejana), promovendo as suas celebres caçadas, enquanto D. Carlos se ausentava da capital quem tomava as “rédeas” era o regenerador liberal João Franco, nomeado pelo próprio rei D. Carlos como primeiro-ministro. Os ideais e decisões deste eram bastante contestadas pela oposição, e gerava-se uma revolta por parte dos republicanos que começavam a ganhar cada vez mais adeptos em todo o país, revolta essa que iria estar na base do regicídio. A 1 de Fevereiro de 1908, a família real regressa a Lisboa depois duma temporada no Palácio Ducal de Vila Viçosa, viajaram de comboio até ao Barreiro, onde apanharam outro para o Terreiro do Paço. Eram esperados pelo governo e vários dignitários da corte, após os cumprimentos a família real subiu para uma carruagem aberta em direcção ao Palácio das Necessidades, atravessaram o Terreiro do Paço, onde os esperava uma multidão que se juntara para saudar o rei, dessa mesma multidão saíram vários disparos em direcção à carruagem, D. Carlos morre de imediato, o herdeiro D. Luís Filipe tenta alvejar um dos regicidas que se empoleirava na carruagem mas acaba ferido mortalmente e o infante D. Manuel foi ferido num braço quando amparava seu irmão já morto. Os assassinos foram mortos no locas por membros da guarda real e reconhecidos posteriormente como membros do movimento republicano. A morte do rei D. Carlos indignou toda a Europa, morria assim o penúltimo rei português.

John F. Kennedy





John Fitzgerald Kennedy nasceu em Brookline, Massachusetts a 29 de Maio de 1917, de descendência Irlandesa e tradicionalmente católica, seu pai, Joseph P. Kennedy era embaixador dos Estados Unidos no Reino Unido no final dos anos 30. John formou-se em relações Internacionais na Universidade de Harvard em 1940, e serviu na Marinha durante a Segunda Guerra Mundial, sendo ferido em 1943. Condecorado por bravura, afastou-se do serviço militar por problemas na coluna vertebral.Enveredou pela carreira política e em 1946 foi eleito pelo Partido Democrata como deputado federal do estado de Massachusetts. John casou-se a 12de Setembro de 1953 com Jacqueline Bouvier com quem teve dois filhos, por volta dessa mesma altura, a condição física de John agrava-se e é mesmo sujeito a duas cirurgias para correcção de problemas na coluna vertebral. Kennedy tomou posse a 20 de Janeiro de 1961 numa das mais apertadas eleições americanas, que o opunha a Richard Nixon. Foi também Kennedy que lançou o desafio no famoso discurso de 1961 de enviar homens à Lua e trazê-los de volta a salvo, que resultou no Projecto Apollo.




O Assassinato


No verão de 1963, Kennedy preparava-se para iniciar a sua campanha para uma possível reeleição em 1964, as perspectivas eram boas, visto que tinha pela frente um candidato conservador, bastante extremista e impopular. Porém, no estado do Texas, que era de importância fundamental, a administração de Kennedy estava a perder popularidade para os republicanos, e então como estratégia para combater essa perda foi programada uma visita do presidente às principais cidades do estado, a 21 e 22 de Novembro. Tendo visitado San Antonio, Houston, e Fort Worth, Kennedy vai a Dallas, onde desfila num descapotável. Ao meio-dia e meia, do dia 22 de Novembro, passando pela Dealy Plaza, o carro encontra uma multidão entusiasmada, de onde surgem dois tiros, acertam os dois em John, um no pescoço (que também atinge o Governador do Texas John Connaly) e outro fatal na cabeça, em menos de 30 minutos John Kennedy estava morto.Posteriormente ao atentado um ex-fuzileiro naval, Lee Harvey Oswald, de 24 anos, que trabalhava num deposito de onde foram vistos os disparos, foi detido e acusado pelo homicídio de Kennedy. No dia 24, quando Oswald seria transferido para outra prisão, acabou por ser também assassinado por Jack Ruby, ligado à Máfia americana e portador duma doença terminal.

Abraham Lincoln






Abraham Lincoln nasceu a 12 de Fevereiro de 1809 no Condado de Hardin (Kentucky), seus pais eram pobres, por isso deixou a educação para trás para ajudar a família, ia à escola apenas esporadicamente, os seus estudos consistiam apenas em saber ler e escrever e realizar as quatro operações matemáticas. No estado em que vivia, havia uma grande escassez de livros e papel, e provavelmente a Bíblia era o único livro existente em sua casa, livro que estudou empenhadamente e que mais tarde o iria ajudar, enriquecendo os seus discursos e trabalhos com citações do mesmo. Lincoln viveu em Illinois até aos 21 anos, depois não querendo seguir as pisadas do pai como lavrador resolve procurar outro tipo de empregos e instala-se em Nova Salem, trabalhando em actividades como o comércio ou o levantamento topográfico, mais tarde candidata-se à Assembleia Legislativa de Illinois, onde foi eleito repetidas vezes. Mais tarde resolve seguir advocacia aprendendo por si próprio, embrenhou-se nos manuais jurídicos e passou no exame de admissão em 1836. Em 1842 casou-se com Mary Todd, e dois anos depois montou um escritório em sociedade com William Herndon. Sua reputação como advogado foi crescendo e em 1846 foi eleito para a Câmara de Representantes federal. Em 1858, disputando uma vaga no Senado cou Stephen Douglas, Lincoln transforma-se numa figura de destaque nacional, o que lhe deu acesso a uma candidatura à Presidência em 1860. Abraham Lincoln acaba por tomar posse em Março de 1861, o que gerou muita polémica e iria dar inicio à Guerra Civil Americana ( também conhecida como guerra da sucessão ocorreu nos Estados Unidos da América entre 1861 e 1865, dividiu o país entre norte e sul, duas regiões com ideais diferentes ), na qual Lincoln combateu a Confederação dos Estados Unidos da América pela libertação dos escravos.





O Assassinato

Foi na Noite de 14 de Abril de 1865, 13 dias após o término da guerra civil, Lincoln assistia a uma peça no teatro Ford em Washington D.C. com a sua mulher Mary, o par chegou já a peça tinha começado, sentaram-se no camarote presidencial assistindo a peça. Entretanto entrava no teatro pelas traseiras o que viria a ser o assassino de Abraham Lincoln, John WIlkes Booth. John era um famoso actor sulista de 26 anos na altura e actuava regularmente naquele teatro, logo conhecia bem o sitio o que lhe facilitou também o assassinato. Booth conhecia também a peça e esperou pelo momento certo, momento esse em que um actor interveniente na peça, Harry Hawk, estava sozinho em palco num monólogo, que iria depois de uma fala provocar risos no público causando assim a oportunidade para Booth actuar, entrando no camarote dispara na parte de trás da cabeça de Abraham Lincoln, e salta pela varanda do camarote aterrando aparatosamente sobre o pé esquerdo fracturando um osso mesmo acima do calcanhar, levanta-se e grita “Sic Semper Tyrannis” uma frase em latim que significa tiranos para sempre (John Wilkes Booth era contra a libertação dos escravos, ideal defendido por Lincoln), e foge de cavalo.
Apesar do ferimento grave na cabeça Abraham Lincoln só viria a morrer na madrugada de 15 de Abril, após várias tentativas de médicos, Lincoln morre numa pensão à frente do teatro Ford na presença de sua mulher, três médicos alguns soldados e oficiais. Os fracos métodos de comunicação da altura permitiram a Booth percorrer as ruas da capital a cavalo e andar vários quilómetros fazendo até paragens sem que ninguém desconfiasse sequer que o presidente tinha sido assassinado, Booth só foi capturado e consequentemente assassinado 12 dias depois num palheiro com o seu irmão e cúmplice no assassinato, por soldados da União.



segunda-feira, 18 de maio de 2009

Perfil Psicológico de um Assassino

O comportamento humano é o resultado de uma interacção de factores psico-sociais e biológicos.

Factores Psico-Sociais (maioria dos casos verificados)
-> As razões psicológicas são bastante influenciáveis nos actos praticados pelas pessoas.
-> Estes ‘ferimentos’ psicológicos podem ter origem em:
- Casos de decepção a nível relacionamental - São habitualmente seres solitários e incapazes de enfrentar uma perda ou um fracasso, onde um facto aparentemente sem importância desperta o mecanismo fatal em alguém socialmente isolado que quer enviar uma mensagem de revolta à sociedade.
-> A maneira com que se lida com o stress é de facto um princípio fundamental naquilo que toca aos diversos actos humanos.
-> Pessoas como as que estão em causa neste problema são por vezes menos toleráveis ou mais descontrolaveis/stressadas tornando-se seres deprimidos e agressivos, tomando atitudes e comportamentos depreciativos.

Factores Biológicos
-> Podem-se relacionar as imagens cerebrais à história pessoal de um assassino, pois ao longo de diversos estudos foi-se comprovando que existem substratos de doença cerebral presente em criminosos violentos.
-> Verificando-se desde já que muitos destes seres:
- tinham sido submetidos a algum trauma psíquico, abuso físico ou sexual, abandono e pobreza.
-> Assassinos vítimas de maus tratos no passado tinham crescido e evoluído com défices mais elevados na área órbito-frontal do cérebro.
-> Estas patologias a nível cerebral podem desencadear problemas como:
-Impulsividade, perda de auto-controle, incapacidade para modificar estes comportamentos, acabando por desenvolver uma personalidade anti-social.
-> Assassinos confessos possuíam diagnósticos neurológicos específicos, como:
-esquizofrenia, depressão, retardamento mental, paralisia cerebral...


Perfil psicopatológico

M
uitos dos assassinos sentenciados aparentavam ser: - cidadãos respeitados, atraentes, bem sucedidos, membros activos na sociedade... até que os seus crimes foram descobertos.
Temos explícitos diversos exemplos, como os seguintes:
-Andrei Romanovich Chikatilo: culpa a sua infância sofrida com o regime soviético. Era considerado anteriormente um “homem perfeitamente inserido na sociedade”.
-Jeffrey Lionel Dahmer: Havia sido vítima de bullying por um vizinho aos oito anos e os seus pais tinham frequentemente confusões após a separação. Tinha um padrão de comportamento exibicionista. Na sua mente doentia, estabeleceu a ideia de criar cadáveres que seriam os seus brinquedos sexuais vivos.
-John Wayne Gacy Jr: O seu pai era alcoólico. Tinha comportamentos lamentáveis com ele espancando-o brutalmente e chamando-o de rapariga estúpida e inútil, o que o fez crescer com a dúvida da sua masculinidade. Durante a sua vida formou-se em administração e chegou a casar-se por duas vezes antes de se tornar um assassino.

John Lennon

Biografia:

John Winston Lennon nasceu em 9 de outubro de 1940, em Liverpool. O seu pai trabalhava num navio e ficava longos períodos ausentes. Sua mãe, sem condições de criá-lo, entregou-o aos cuidados da irmã Mary e do cunhado George Smith. Aos seis anos, John já cantava no coro da igreja. Na escola, apresentava talento literário e apreciava a leitura de Lewis Carroll e Richmal Crompton. Em 1955, John montou uma banda chamada “The Quarry Men” e dois anos depois Paul McCartney uniu-se ao grupo. A dupla formada por John e Paul era perfeita para escrever canções e mais tarde daria origem a uma das bandas mais famosas de sempre.
A banda chamada “Beatles” foi criada no início dos anos 60. O nome faz um trocadilho com "beetles" (besouros) e "beat" (batida ou compasso ritmado). Todos os integrantes do grupo - John Lennon, Paul McCartney,
George Harrison e Ringo Starr
- nasceram na cidade de Liverpool, na Inglaterra. O empresário do grupo, Brian Epstein foi quem descobriu os rapazes, vendo-os tocar num "pub" chamado "The Cavern Club". Em agosto de 1962 John Lennon casou-se com Cynthia Powell e com ela permaneceu até 1969 quando se uniu a Yoko Ono, figura forte e misteriosa, a quem muitos responsabilizam como a causa da desagregação do grupo. Até 1970 a banda manteve-se unida tendo batido recordes de venda de discos, dado imensos concertos e criando canções como "She loves you" (1963), "Can't Buy me Love" (1964), All you Need is Love" (1967); "Hey Jude" (1968) ou “Let it Be" (1970), que ainda hoje são ouvidas e consideradas clássicos de música por milhões de pessoas. A presença de Yoko Ono, que se tornou "o quinto Beatle" gerava incômodo ao restante do grupo. O LP "Abbey Road" foi gravado em meio a grande insatisfação."Let it Be", de 1970 foi o último álbum da banda. Ainda em 1970, Paul foi à justiça para determinar oficialmente o fim dos Beatles. O sonho tinha acabado.

Em 1971 mudou-se para Nova York e travou uma grande batalha jurídica com o Departamento de Imigração norte-americano devido à radicalidade dos seus discursos e a sua luta pela paz. Tornou-se amigo de activistas de esquerda como Jerry Rubin e Abbie Hoffman, aproximando-se também de líderes dos “Panteras Negras” (
Partido negro revolucionário estadual fundado em 1966 em Oakland - Califórnia, cuja finalidade original era patrulhar guetos negros para proteger os residentes dos actos de brutalidade da polícia). A administração Nixon
tentou deportá-lo, mas em 1972 ele conseguiu o visto de permanência. Estava no índice das pessoas investigadas pelo FBI, facto só admitido após a sua morte. Talvez por este motivo, Lennon é apontado como o membro dos Beatles com a visão mais crítica acerca das questões sociais de seu tempo.



Assassinato:

  • 23/10/1980 - O futuro assassino de Lennon, pede demissão do seu emprego de guarda de um condomínio de alto luxo em Honolulu. Ele assina sua demissão. Perguntam-lhe se ele estava a procurar outro trabalho e ele responde: "Não, já tenho um trabalho para fazer."
  • 27/10/1980 - O assassino compra um revolver calibre 38 em Honolulu , sem problemas graça a seu antigo emprego de segurança. Na noite de 8 de dezembro de 1980, quando voltava para o apartamento onde morava em Nova Iorque, no edifício Dakota, em frente ao Central Park, John foi abordado por um rapaz que durante o dia lhe tinha pedido um autógrafo num LP Double Fantasy em frente ao Dakota. O rapaz era Mark David Chapman, um fã dos Beatles e de John,e acabou por disparar contra John Lennon com um revólver calibre 38. A polícia chegou minutos depois e levou John na própria viatura para o hospital. O assassino permaneceu no local com um livro nas mãos, "O Apanhador no Campo de Centeio" de J.D. Salinger. John morreu após perder cerca de 80% de seu sangue, aos quarenta anos de idade. Logo após a notícia da morte de John Lennon, que correu o mundo, uma multidão se juntou em frente ao Dakota, com velas e cantando canções de John e dos Beatles. O corpo de John foi cremado no Cemitério de Ferncliff, em Hartsdale, cidade do estado de Nova Iorque, e suas cinzas foram guardadas por Yoko Ono. O assassino foi preso, pois permaneceu no local, à espera dos policias. Ao entrar na viatura, pediu desculpas aos polícias pelo "transtorno que havia causado". No seu julgamento alegou ter lidono livro "O apanhador no Campo de Centeio" uma mensagem que dizia para matar John Lennon. Acabou por ser condenado à prisão perpétua e até hoje é mantido numa cela separada de outros presos, devido às ameaças de morte que recebeu.



    Erotomania:

    O interesse público excessivo na vida de celebridades atribuído por parte dos media está a fazer com que haja cada vez mais pessoas perturbadas mentalmente que colocam os seus ídolos no centro de desilusões que podem originar situações de perigo e violência. O indivíduo que sofre dessa síndrome pode também acreditar que ele e a outra pessoa, supostamente apaixonada, se comunicam secretamente através de métodos subtis como gestos de postura, arrumação de determinados objectos da casa, etc., ou - se a outra for uma pessoa de imagem pública - através de indícios ou pistas nos média. A outra pessoa geralmente tem pouco ou nenhum contacto com o indivíduo que sofre deste síndrome, que frequentemente acredita que o outro (objecto do delírio) iniciou a relação fictícia. A erotomania está no contexto de
    esquizofrenia. Mais uma vez comprovamos que uma grande percentagem de assassinos são indivíduos com uma visão da realidade destorcida.
  • sábado, 14 de março de 2009

    O Estudo de Dr. Raine


    Usando o PET, o pesquisador médico americano Adrian Raine e colegas estudaram assassinos, com resultados surpreendentes. Descobriram que 41 assassinos tinham um nível muito diminuído do funcionamento cerebral no córtex pré-frontal em relação às pessoas normais, indicando um défice relacionado à violência. Ou seja, mesmo quando nenhuma alteração patológica visível era apresentada, o dano frontal era aparente, através de uma actividade anormalmente baixa do cérebro naquela área. "O estrago nesta região cerebral", reparou Raine, "pode resultar em impulsividade, perda do auto-controlo, imaturidade, emocionalidade alterada, e incapacidade para modificar o comportamento, o que pode levar a actos agressivos". Outras anormalidades observadas pelo estudo de PET do cérebro de assassinos incluiu um metabolismo neural reduzido no giro parietal superior, giro angular esquerdo, corpo caloso, e assimetrias anormais de actividade na amígdala, tálamo, e lobo temporal medial. É provável que estes efeitos estejam relaccionados à violência e criminalidade, pois algumas destas estruturas fazem parte do chamado sistema límbico, que processa emoções e comportamento emocional.


    Um aspecto interessante da pesquisa de Dr. Raine é que ele co-relacionou as imagens cerebrais de PET à história pessoal do assassino, para verificar se eles tinham sido submetidos a algum trauma psíquico, abuso físico ou sexual, abandono e pobreza, enquanto crianças (um ambiente privado ao desenvolvimento da personalidade). Entre os assassinos, 12 tinham sofrido abuso significativo ou reprovação (recebido maus tratos). Foi descoberto que assassinos vindos de lares privados tinham défices muito maiores na área órbito-frontal do cérebro (14 % em média) do que pessoas normais e assassinos vindos de ambientes não privados.

    Imagens de Violência


    Imagens funcionais do cérebro, tais como aquelas produzidas por PET (positron emission tomography) têm sido usadas para observar a existência de défices neurológicos no lobo frontal em psicopatas. O PET obtém secções transversais do cérebro reconstruídas por computador, mostrando em cores vívas o nível da actividade metabólica dos neurónios. Isto é, injectando-se moléculas de glicose marcadas radioactivamente no sangue de pacientes consegue-se observar a actividade cerebral (células cerebrais vivas). Quanto mais activas são as células (quando estão a processar informação, por exemplo), mais intensa é a imagem naquele ponto.

    A Hipótese do Cérebro Frontal

    Como os indivíduos psicopatas têm alterações marcantes em relação aos outros seres humanos, é natural que se devesse investigar primeiro se a parte do cérebro que é responsável por este tipo de comportamento também teria alguma anormalidade significativa. Muitos comportamentos associados às relações sociais são controlados pela parte do cérebro chamada lobo frontal, que está localizado na parte mais anterior dos hemisférios cerebrais. Todos os primatas sociais desenvolveram bastante o cérebro frontal, e a espécie humana tem o maior desenvolvimento de todos. Auto-controle, planeamento, julgamento, o equilíbrio das necessidades do indivíduo versus a necessidade social, e muitas outras funções essenciais subjacente ao intercurso social efectivo são mediadas pelas estruturas frontais do cérebro.

    Assassino em Série ou "Serial Killer"


    Um assassino em série (também conhecido pelo termo inglês por serial killer) é um tipo de criminoso de perfil psicopatológico que comete crimes com uma certa frequência e padrão, geralmente seguindo um certo modus operandi*(2), deixando também frequentemente um tipo de assinatura ou algo que o identifique, pois têm uma necessidade de reconhecimento e busca por poder.
    Geralmente os que são capturados apresentam uma aparência limpa e cuidada, são de alguma forma atraentes, bem sucedidos, e apresentam-se como membros activos na comunidade. Certos comportamentos característicos podem ser identificados na infância, estes comportamentos dão pelo nome de “Tríade MacDonald”*(2): xixi na cama, causam incêndios, e apresentam comportamentos cruéis para com outros seres vivos, na maior parte das vezes animais.
    *(1) – modus operandi – é uma expressão em latim que significa “modo de operação”. É alguém ou algo que realiza tudo da mesma forma, ou seja tem aquela maneira particular de realizar todo o tipo de trabalhos, logo é uma possível identificação.
    *(2) – Tríade MacDonald – Também conhecida como a tríade dos sociopatas* é um conjunto de três comportamentos que estão directamente associados a comportamentos de um sociopata. Esta tríade foi primeiro identificada e estudada pelo senhor J.M. MacDonald, que escrevia para o “American Journal of Phsychiatry”.
    Diferentes tipos:
    Existem dois tipos de serial killers, os de tipo organizado, sujeitos de aparência normal, exibem inteligência e grau de inserção na comunidade normal, podendo ser mais ou menos sociáveis, os deste tipo são os que dificultam mais a captura, pois são bastante racionais e cuidadosos, são pouco impulsivos estudando tudo ao pormenor, deixando poucas provas para trás.
    Os do tipo desorganizado, são bastante mais impulsivos, geralmente não planeiam os seus actos, improvisam cada passo, deixando consequentemente muitas provas para trás.

    Origem da palavra "Assassino"


    Um fanático muçulmano do Século XI conhecido como ”o Velho da Montanha”, comandava na Síria um pequeno exército que utilizava para cruéis vinganças políticas e para constantes ataques aos povos da região.
    Para estimular ainda mais a crueldade dos seus guerreiros, obrigava-os a consumir drogas entre as quais haxixe antes dos ataques, daí os intitular de hashashin, que em árabe significa “consumidores de haxixe”, mais tarde iria ser usada também para designar aqueles que matam.

    Mais tarde através de várias evoluções a nível semântico chegou à palavra que hoje conheçemos, assassino.