
Como habitualmente fazia no inicio de cada ano, D. Carlos partiu com toda a família para Vila Viçosa, a morada ancestral dos Bragança e o seu palácio preferido, ai reunia os seus amigos íntimos (raramente levava convidados oficiais para a vila alentejana), promovendo as suas celebres caçadas, enquanto D. Carlos se ausentava da capital quem tomava as “rédeas” era o regenerador liberal João Franco, nomeado pelo próprio rei D. Carlos como primeiro-ministro. Os ideais e decisões deste eram bastante contestadas pela oposição, e gerava-se uma revolta por parte dos republicanos que começavam a ganhar cada vez mais adeptos em todo o país, revolta essa que iria estar na base do regicídio. A 1 de Fevereiro de 1908, a família real regressa a Lisboa depois duma temporada no Palácio Ducal de Vila Viçosa, viajaram de comboio até ao Barreiro, onde apanharam outro para o Terreiro do Paço. Eram esperados pelo governo e vários dignitários da corte, após os cumprimentos a família real subiu para uma carruagem aberta em direcção ao Palácio das Necessidades, atravessaram o Terreiro do Paço, onde os esperava uma multidão que se juntara para saudar o rei, dessa mesma multidão saíram vários disparos em direcção à carruagem, D. Carlos morre de imediato, o herdeiro D. Luís Filipe tenta alvejar um dos regicidas que se empoleirava na carruagem mas acaba ferido mortalmente e o infante D. Manuel foi ferido num braço quando amparava seu irmão já morto. Os assassinos foram mortos no locas por membros da guarda real e reconhecidos posteriormente como membros do movimento republicano. A morte do rei D. Carlos indignou toda a Europa, morria assim o penúltimo rei português.
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